Para entender esta proposta para o problema do lixo urbano é preciso contar com a química da composição do plástico.
A maioria dos plásticos a que temos acesso na forma de embalagens (sacolinhas de supermercado) é composta por poliolefinas, um tipo de polímero.
As poliolefinas se constituem de extensas cadeias entrelaçadas e cruzadas de hidrocarbonetos simples. Essas grandes cadeias possuem pesos moleculares relativamente altos, e sabemos que quanto maior a molécula do hidrocarboneto mais insolúvel ele é.
Como os hidrocarbonetos não ficam umedecidos na presença de água, temos aí um problema, as sacolas não se degradam pela ação da chuva ou quando são lançadas em rios e mares. Esse fator impede que as sacolas plásticas se degradem (sumam) no meio ambiente. A adição de um catalisador a este polímero resolve o problema, vejamos como!
O processo de oxibiodegração se subdivide em dois estágios:
1ª etapa: o plástico fica passível de se fragmentar (degradar) através da reação com o oxigênio. O catalisador acelera a oxidação do polímero, causando sua “quebra” em moléculas menores que, diferentemente do polímero base, podem ser umedecidas por água.
2ª etapa: as moléculas oxidadas são biodegradadas por micro-organismos existentes na natureza e então convertidas em dióxido de carbono, água e biomassa (fonte de energia).
O plástico oxibiodegradável é considerado ecologicamente correto em razão de seu tempo de degradação, de aproximadamente 1 e ano e meio contra os cinco longos anos que as sacolas tradicionais levam para sumir da natureza.
Por Líria Alves
Graduada em Química